Parque da Trindade vai estar em obras durante 10 meses
Reabilitação durará 10 meses e os pisos serão encerrados de forma faseada. É dos mais baratos no centro do Porto e esgota muitas vezes durante o ano
O parque de estacionamento da Trindade, no centro do Porto e que está várias vezes lotado, vai entrar em obras. A intervenção, prevista para breve e cujo arranque só depende do visto do Tribunal de Contas, irá durar 10 meses. No decurso deste tempo, “os pisos serão encerrados de forma faseada, de acordo com a progressão da empreitada”, diz Teresa Stanislau, gerente da STCP Serviços, entidade que tem sob a sua alçada vários parques portuenses.
Para se ter uma ideia da ordem de grandeza dos movimentos, de assinalar que no ano passado, a empresa, detida a 100% pela STCP e que resulta de um contrato-programa com a Câmara do Porto assente na delegação de competências em matéria de mobilidade, registou quase 600 mil utilizadores (591,4 mil).
Para a Trindade, por onde passaram cerca de 175 mil carros em 2023, estão planeados trabalhos de reabilitação, como “pinturas e o arranjo das infiltrações”. No final da obra, não haverá redução de lugares. Manter-se-á o número atual: 345. Pela localização, assim como pelos preços praticados (30 cêntimos por cada fração de 15 minutos), o equipamento tem farta procura, sobretudo nos períodos festivos e no verão. Na Páscoa adivinha-se nova invasão e a semana da Queima das Fitas será, seguramente, de casa cheia.
Entre os clientes contam-se muitos estrangeiros, principalmente espanhóis. “Foi-nos recomendado, tanto no sítio onde estamos hospedados, como por compatriotas que já visitaram a cidade”, afirma Eva de Marco, recém-chegada de Madrid, com a família, para gozar uns dias de férias. À centralidade alia-se o custo do aparcamento, abaixo da tabela praticada pela concorrência. “É dos mais baratos, comparando com as alternativas, por isso trago para aqui o automóvel”, confere João Ferraz, de Gondomar e utilizador frequente.
Além do espaço na Trindade, a STCP Serviços, mercê do “contrato-programa celebrado com a Câmara do Porto”, tem sob gestão direta outros “parques municipais, como o dos Caminhos do Romântico, Viela do Anjo (ambos só para avenças mensais), Duque de Loulé, Terminal de Campanhã, Palácio de Cristal e o complexo da Praça de Lisboa e do Palácio da Justiça”. Há outros em que a empresa funciona como “gestor de contrato nas concessões de exploração por parte do município”, como acontece nos “parques da Ribeira, D. João I, Aviz, Castelo do Queijo e Adelino Amaro da Costa”.
Sob o “chapéu” da STCP Serviços, em termos de antiguidade, o da Praça de Lisboa, antes do prolongamento até ao Palácio da Justiça, é o mais antigo, remontando o início da sua atividade a 1988. O da Trindade, de 1992, também está entre aqueles que mais anos têm de funcionamento. Fora deste naipe estão o Silo Auto, na Rua Guedes de Azevedo, e o dos Poveiros, nos quais a autarquia entregou a gestão à Ágora, empresa vocacionada para a cultura e o desporto.
“Compatibilizar as necessidades dos diferentes tipos de utilizadores, como avençados e ocasionais, e acompanhar a evolução tecnológica, como é caso do carregamento de veículos elétricos”, estão entre os desafios que se colocam à STCP Serviços.